BATE PAPO

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05 julho, 2011

5 de JULHO - Estévia como adoçante natural...

Estévia um adoçante natural
                                     



                                               


Popularmente chamados de adoçantes, os edulcorantes são substâncias naturais ou artificiais de alto ou baixo poder de doçura. Um dos seus usos mais freqüentes é na substituição do açúcar em produtos denominados diet ou light. A stevia é um desses edulcorantes (adoçante) naturais. Não é calórico, sendo extraído das folhas da Stevia rebaudiana, planta silvestre da família do Crisântemo. Ela cresce naturalmente no Brasil e no Paraguai. Apesar de originária da América do Sul, hoje também pode ser encontrada em outros países como Japão, China, México e Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, o Food and Drugs Administration, FDA, departamento que fiscaliza a produção e comercialização de alimentos e remédios naquele país, decidiu que a Stevia não era um aditivo seguro e impediu oficialmente sua importação e venda, em 1991.

Quatro anos depois, mediante a realização de novas pesquisas, o FDA admitiu a segurança do produto e liberou a importação das folhas e do extrato. No Brasil, é comercializado livremente, podendo ser encontrado em supermercados e lojas de produtos naturais.

Seu consumo cresce potencialmente en todo o mundo, e muitos consumidores sul-americanos estão comprando Stevia cultivada na Ásia. Os glicosídios, na verdade esteviosídeos, encontrados nas folhas da Stevia têm poder adoçante 300 vezes superior ao do açúcar comum. Não é cariogênico e apresenta sabor agradável, sem gosto residual. É indicado para dietas com restrição de açúcar, e pode ser usado por diabéticos, obesos, idosos e crianças. É bom lembrar que o açúcar da cana, além do seu alto valor calórico, está associado a diversas doenças degenerativas da atualidade.

Antes de comprar o produto, é necessário verificar cuidadosamente sua composição. Alguns adoçantes à base de Stevia podem não conter apenas esse ingrediente. Às vezes estão acrescidos de sacarina e outros aditivos.

A Stevia tem várias utilidades na alimentação. Pode ser usada no preparo de sucos, sorvetes, chás, pratos cozidos ou assados, não tendo, porém, a capacidade de caramelizar-se. Durante os últimos vinte anos, esse produto tem sido consumido e testado em todo o mundo. Até o presente não foi considerado tóxico. Uma pessoa que tenha problemas de saúde como obesidade e diabetes, por exemplo, pode usá-lo. No entanto, qualquer alteração em sua dieta deve ser monitorada por um médico e um nutricionista.

Por Zailda Coirano

Estévia: Uma planta doce

        A estévia é um arbusto pequeno com propriedades edulcorantes em suas folhas, devido à 
presença de glicosídeos com poder adoçante muito superior à sacarose. Existem oito glicosídeos na estévia, porém apenas dois em quantidades elevadas: esteviosídeo e rebaudiosídeo. O esteviosídeo possui a maior concentração, 5 a 15% da matéria seca foliar, e um poder adoçante de 250 a 300 vezes superior à sacarose. O rebaudiosídeo, em menor concentração nas folhas, de 3 a 6%, é mais doce, com um poder adoçante de 350 a 450.Quando os conquistadores espanhóis aportaram na América do Sul, observaram a existência de uma planta que era utilizada para adoçar bebidas medicamentosas e, especialmente, o mate cozido pelos índios tupi-guaranis. O tempo passou e apenas no século 19 esta planta voltou a ser mencionada novamente. Isto ocorreu em 1899, quando um famoso naturalista suiço, radicado no Paraguai, chamado Moisés Santiago Bertoni (1857-1929), obteve referências da planta de ervateiros e índios, em uma de suas viagens às florestas do leste paraguaio em 1887. No Paraguai, a estévia é conhecida na linguagem Guarani por diversos nomes, a maioria derivada da palavra Caá-êhê, com um significado geral de erva doce.Já nos anos 20 e 30 do século passado, países como os EUA, Polônia e Rússia pediam sementes ou mudas para o Ministério da Agricultura do Paraguai, para estudos e introdução da planta em suas respectivas terras. Outro fato, digno de nota, refere-se ao interesse  dos ingleses pela estévia no início dos anos 40. Procurava-se, em 1941, um substituto para o açúcar (de cana-de-açúcar ou beterraba) e a sacarina, devido àcrescente escassez de adoçantes durante a II Guerra Mundial. Julgava-se essencial, e de interesse nacional, examinar a possibilidade de produzir substitutos do açúcar natural nas Ilhas Britânicas, onde a estévia chegou a ser cultivada nos verões de 1942 e 1943.A primeira descrição da estévia feita no Brasil foi em 1926, quando editou-se o primeiro volume do Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, do grande botânico brasileiro Manuel Pio Correa (1874-1934). As primeiras notícias na mídia a respeito da estévia datam, provavelmente, de 1926, quando foram publicadas reportagens em matutinos de São Paulo, e na revista "Chácaras e Quintaes", em 1927. Em 1943, novamente o assunto da planta edulcorante voltou à tona, em artigo publicado na Tribuna Farmacêutica, de Curitiba, onde o autor fazia considerações sobre a "novidade".Na década de 70, o interesse comercial ressurgiu através dos japoneses, quando intensificaram-se paulatinamente os estudos relativos à planta. Atualmente a comercialização do esteviosídeo tende a crescer cada vez mais, principalmente no Sudeste Asiático e em outras partes do mundo. A expansão do mercado deste adoçante natural e não calórico, sem restrições ao consumo humano, abre novas perspectivas para o cultivo da estévia no Mato Grosso do Sul, uma nova opção para a agricultura familiar. Tendo em vista a importância que pode representar a cultura da estévia no setor de adoçantes não calóricos, que movimentou em 2002 no Brasil cerca de R$ 1,5 bilhões no mercado consumidor final, a Embrapa Agropecuária Oeste realizou nos dias 26, 27 e 28 de agosto um Workshop para a elaboração de uma publicação relacionada ao sistema de produção da estévia, destinada a técnicos e agricultores. Também foram definidas as diretrizes para a pesquisa e fomento da cultura no estado. O evento contou com a participação de representantes da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados, da Embrapa Sede, de Brasília, e da Steviafarma, empresa de Maringá, PR, que extrai e comercializa o esteviosídeo.* Pesquisador Científico e Doutor em Nutrição Mineral de Plantas da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados/MS

Por Oscar Fontão de Lima Filho *

Fonte: Embrapa Agropecuária Oeste 
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RECEITA com STÉVIA

                             
Amanteigados de Amendoim

Ingredientes:

- 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
- ¾ xícara (chá) de amendoim torrado moído
- ¾ xícara (chá) de margarina light
- 3 colheres (sopa) de STEVITA CULINÁRIA
- 1 pitada de sal

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. Abra a massa com rolo de macarrão na espessura de 0,5 cm. Corte os biscoitos no formato que desejar e coloque em assadeira untada com margarina. Asse em forno médio pré-aquecido até dourar ligeiramente. Deixe esfriar e guarde em recipiente fechado.

Rendimento: 
7 porções (50 g cada porção)
Calorias: 
277,3 kcal/porção
Carboidratos: 
31,2 g
Proteínas: 
6,9 g
Lipídios: 
13,9 g
Receita convencional: 
374,3 kcal/porção

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