Popularmente chamados de adoçantes, os edulcorantes são substâncias naturais ou artificiais de alto ou baixo poder de doçura. Um dos seus usos mais freqüentes é na substituição do açúcar em produtos denominados diet ou light. A stevia é um desses edulcorantes (adoçante) naturais. Não é calórico, sendo extraído das folhas da Stevia rebaudiana, planta silvestre da família do Crisântemo. Ela cresce naturalmente no Brasil e no Paraguai. Apesar de originária da América do Sul, hoje também pode ser encontrada em outros países como Japão, China, México e Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, o Food and Drugs Administration, FDA, departamento que fiscaliza a produção e comercialização de alimentos e remédios naquele país, decidiu que a Stevia não era um aditivo seguro e impediu oficialmente sua importação e venda, em 1991.
Quatro anos depois, mediante a realização de novas pesquisas, o FDA admitiu a segurança do produto e liberou a importação das folhas e do extrato. No Brasil, é comercializado livremente, podendo ser encontrado em supermercados e lojas de produtos naturais.
Seu consumo cresce potencialmente en todo o mundo, e muitos consumidores sul-americanos estão comprando Stevia cultivada na Ásia. Os glicosídios, na verdade esteviosídeos, encontrados nas folhas da Stevia têm poder adoçante 300 vezes superior ao do açúcar comum. Não é cariogênico e apresenta sabor agradável, sem gosto residual. É indicado para dietas com restrição de açúcar, e pode ser usado por diabéticos, obesos, idosos e crianças. É bom lembrar que o açúcar da cana, além do seu alto valor calórico, está associado a diversas doenças degenerativas da atualidade.
Antes de comprar o produto, é necessário verificar cuidadosamente sua composição. Alguns adoçantes à base de Stevia podem não conter apenas esse ingrediente. Às vezes estão acrescidos de sacarina e outros aditivos.
A Stevia tem várias utilidades na alimentação. Pode ser usada no preparo de sucos, sorvetes, chás, pratos cozidos ou assados, não tendo, porém, a capacidade de caramelizar-se. Durante os últimos vinte anos, esse produto tem sido consumido e testado em todo o mundo. Até o presente não foi considerado tóxico. Uma pessoa que tenha problemas de saúde como obesidade e diabetes, por exemplo, pode usá-lo. No entanto, qualquer alteração em sua dieta deve ser monitorada por um médico e um nutricionista.
Fonte Inova Unicamp - Stevia
Estévia: Uma planta doce
A estévia é um arbusto pequeno com propriedades edulcorantes em suas folhas, devido à
presença de glicosídeos com poder adoçante muito superior à sacarose. Existem oito glicosídeos na estévia, porém apenas dois em quantidades elevadas: esteviosídeo e rebaudiosídeo. O esteviosídeo possui a maior concentração, 5 a 15% da matéria seca foliar, e um poder adoçante de 250 a 300 vezes superior à sacarose. O rebaudiosídeo, em menor concentração nas folhas, de 3 a 6%, é mais doce, com um poder adoçante de 350 a 450.Quando os conquistadores espanhóis aportaram na América do Sul, observaram a existência de uma planta que era utilizada para adoçar bebidas medicamentosas e, especialmente, o mate cozido pelos índios tupi-guaranis. O tempo passou e apenas no século 19 esta planta voltou a ser mencionada novamente. Isto ocorreu em 1899, quando um famoso naturalista suiço, radicado no Paraguai, chamado Moisés Santiago Bertoni (1857-1929), obteve referências da planta de ervateiros e índios, em uma de suas viagens às florestas do leste paraguaio em 1887. No Paraguai, a estévia é conhecida na linguagem Guarani por diversos nomes, a maioria derivada da palavra Caá-êhê, com um significado geral de erva doce. Já nos anos 20 e 30 do século passado, países como os EUA, Polônia e Rússia pediam sementes ou mudas para o Ministério da Agricultura do Paraguai, para estudos e introdução da planta em suas respectivas terras. Outro fato, digno de nota, refere-se ao interesse dos ingleses pela estévia no início dos anos 40. Procurava-se, em 1941, um substituto para o açúcar (de cana-de-açúcar ou beterraba) e a sacarina, devido àcrescente escassez de adoçantes durante a II Guerra Mundial. Julgava-se essencial, e de interesse nacional, examinar a possibilidade de produzir substitutos do açúcar natural nas Ilhas Britânicas, onde a estévia chegou a ser cultivada nos verões de 1942 e 1943. A primeira descrição da estévia feita no Brasil foi em 1926, quando editou-se o primeiro volume do Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, do grande botânico brasileiro Manuel Pio Correa (1874-1934). As primeiras notícias na mídia a respeito da estévia datam, provavelmente, de 1926, quando foram publicadas reportagens em matutinos de São Paulo, e na revista "Chácaras e Quintaes", em 1927. Em 1943, novamente o assunto da planta edulcorante voltou à tona, em artigo publicado na Tribuna Farmacêutica, de Curitiba, onde o autor fazia considerações sobre a "novidade".Na década de 70, o interesse comercial ressurgiu através dos japoneses, quando intensificaram-se paulatinamente os estudos relativos à planta. Atualmente a comercialização do esteviosídeo tende a crescer cada vez mais, principalmente no Sudeste Asiático e em outras partes do mundo. A expansão do mercado deste adoçante natural e não calórico, sem restrições ao consumo humano, abre novas perspectivas para o cultivo da estévia no Mato Grosso do Sul, uma nova opção para a agricultura familiar. Tendo em vista a importância que pode representar a cultura da estévia no setor de adoçantes não calóricos, que movimentou em 2002 no Brasil cerca de R$ 1,5 bilhões no mercado consumidor final, a Embrapa Agropecuária Oeste realizou nos dias 26, 27 e 28 de agosto um Workshop para a elaboração de uma publicação relacionada ao sistema de produção da estévia, destinada a técnicos e agricultores. Também foram definidas as diretrizes para a pesquisa e fomento da cultura no estado. O evento contou com a participação de representantes da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados, da Embrapa Sede, de Brasília, e da Steviafarma, empresa de Maringá, PR, que extrai e comercializa o esteviosídeo.* Pesquisador Científico e Doutor em Nutrição Mineral de Plantas da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados/MS
Por Oscar Fontão de Lima Filho *
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RECEITA com STÉVIA
Amanteigados de Amendoim
Ingredientes:
- 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
- ¾ xícara (chá) de amendoim torrado moído
- ¾ xícara (chá) de margarina light
- 3 colheres (sopa) de STEVITA CULINÁRIA
- 1 pitada de sal
Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. Abra a massa com rolo de macarrão na espessura de 0,5 cm. Corte os biscoitos no formato que desejar e coloque em assadeira untada com margarina. Asse em forno médio pré-aquecido até dourar ligeiramente. Deixe esfriar e guarde em recipiente fechado.
Rendimento:
7 porções (50 g cada porção)Calorias:
277,3 kcal/porçãoCarboidratos:
31,2 gProteínas:
6,9 gLipídios:
13,9 gReceita convencional:
374,3 kcal/porção
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